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---Sol do amanhecer----

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---Sol do amanhecer---- É como uma enchente que a água suja invade seu espaço. É como um rio que nasce na sua rua que a natureza não mede compasso. É como deslizamentos que o morro vem abaixo sorrateiro É qualquer coisa como água no joelho lixo, rato, sujeira nascendo do boeiro. É como gente sentada no próprio telhado cachorro sumindo afogado olhares com desespero incapacidade e desprezo desdém do governo. É como gosto de efêmero evanescente pelos dedos tênue do viver. do achar que se tem qualquer coisa piscar os olhos e perder. É como tudo isso junto travado no meu dizer convertido em solidariedade ou em oração pelo viver Sol do amanhecer Digo: -É sobre viver.

---Coisas da gente---

Eu só vou te contar dos dias que não te encontrei Pois dos que foram nossos tu sabes e eu já sei. eu só vou te contar da música que a gente não ouviu pois aquela que era nossa eu toquei vc admitiu: Eu só vou lhe ser poema que tu ainda não leu Pois o que fiz da gente Já era nosso já era teu -Guarda. Vou entregar-lhe sua saudade Tu devolves a minha Matamos as duas juntos Com amor, calor e caipirinha O úbere do teu abraço Amarrado a matéria minha Teu Nó é todo laço colorindo cada fitinha.

--Senta--

--Senta-- A cada gole de café Gotas de você ausente Brinco com a borra Não perco a fé. Saudade, Sou um cara comedido Se queres chegar, Senta e faz seu pedido. Mas deixe-me quieto A conta é comigo. Além de tudo, você sabe, sou um cara metido.

--CINEMA MUDO--

Não me curta pois estou mais para longa Metragem errada. Não me filme Pois estou mais pra câmera Man escondido. Não me rotule estou mais para conteúdo Impróprio para o seu Horário. de Exibição.

---Linguagem da Tua figura---

Procurar-me-iam se eu perdesse sua mesóclise entrando pra dentro de mim com o pleonasmo saco cheio de você. Prosopopéia de cupido burro Subindo no telhado, Bebendo gotas de eufemismo agarrado em cima do muro. Amor maior do mundo hipérbole de sentimento Explicação tem pra tudo, Mas é papo de surdo e mudo. Catacrese do coração Silepse do caralho. de Vozes veladas, veludosas Volúpias vivas da sua Aliteração. Cheia de figuras de linguagem Mas contexto Sem noção. Só pressão. Quebrou o clímax Sem ironia Nossa onomatopeia de hum-hum-hum. Virou bomba Tic-Tac ,Tic-Tac Clapt, Bummmm.

DA PERDA

Quando a palavra simplesmente não cabe. Quando o texto não entra no contexto. Quando o sentimento não se expressa no dizer Nem na escrita se exprime a dor, o sofrer. Quando parece que não há vento que sopre a favor. Quando não ha nem sol, nuvem, chuva ou calor. Quando nada parecer bastar, acalmar, tranquilizar. Lembremos que existem caminhos desconhecidos Por dentre as vielas da alma por vezes perdido, Um conforto que não tem nome,não tem sobrenome. Existe um mistério no tragar das boas lembranças, Que leva pra longe com o tempo essa dor que tira o chão, Que destrói e nos constrói seres mais fortes. Resiliência é o que nos cria. Na temporalidade da matéria O amor e a aceitação. Porque palavras... Palavras não cabem não. 24-01-2013

--duas doses de poesia --

Você que pensa que a poesia deve ter métrica, Que acha que o poema deve ter o que você entende por estética. Discorda e brinca da minha dialética. Faz o seguinte: Escreva da forma que lhe aprouver Entenda do jeito que quiser. Mas não deboche de um poeta. Deixa ele ser o que quiser. Ele não te pede nada. Você lê porque quer, Não é?

Sentada na beira do rio

Não, eu não tenho Palavras. Mas arrepio e fibrilo Coragem. Na queda dessa água Bate na cabeça Em mim vira paisagem. Água doce, corrente Amarrada __P ____E _____D _______R _________A ___________S da gente Sente?

"Prima a vera"

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Primavera cheia de vida. Meu jardim que anda sem cores. Aguarda suas doces flores. Pra secar meus antigos Dissabores. Venta, Leva essas dores.

---PAPO RETO---

--PAPO RETO--- Ah, se todas essas palavras se convertessem. Ah, se toda poesia fosse pílula de alegria, Se todo vazio se enchesse de disposição, Os dias de inverno com vitaminas de verão. Ah, se toda esse eufemismo fosse mais "na lata". Se toda indireta fosse um soco reto na cara. Se tudo que se quer dizer deixasse de ser perdigoto, Cusparada de verdade na face O cheiro insalubre do esgoto. Ah, se esse lado comedido, calado, soando falso Fosse um grito explosivo e argumentativo Auto explicativo na calma e direto Ia exaurir qualquer mal entendido Papo reto Concreto Direto.

--Eu nem vi "--

Quando eu imaginei que havia tempo Você me trouxe um relógio de cuco Que tocou na minha cabeça todas as noites. Tocou na minha mente todas as manhãs O Cuco cantava e não havia tempo não. Pulei seu quintal naquela noite, você não esperava. Abraço de quem já se tinha Coisa boa que desabrochava. Flor de esperança plantei no seu canteiro Fui bem devagar como poeta sorrateiro. Nasceu rápida uma muda de mutua admiração Colheu no pé o pulso do coração Nessa estranha distância, uma desconhecida saudade batia Palavras não explicavam Poesia não dizia Se sentia. Quando ai estive e nos raptamos Dias de si,veja bem nos tragamos. Fumaça de alegria Novos planos. Se estou na tua Tu estás na minha Não importa onde ficamos Andamos e saímos da nossa linha Desenhos se formando, Desejos namorando, Acordes dedilhando, Não sei não... Tu andas me "ROBando."

In_Tu

(in)contro Tens assim pela sua pele, derme. Derrete nos olhos, olhares. Cheiro de vida,lugares Nome de lugar,Pessoa. Beleza em coração,desnudado. Palavra da ação Abraço tão grudado Troca misturada de essencias Desejo guardado no corpo Coisa que ficou na mente Toque suave na nuca,quente. A próxima vez, Tez da asa. Quando?

A CURA

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Todo esse tempo a solução estava na cara. Como um óculos esquecido em cima do nariz, Como uma mancha nas costas, uma cicatriz. Todo esse tempo fomos reféns da gente, Como quem se juntava com medo de se perder Mas só se perdia no próprio medo apenas pra se ter? Todo esse tempo de entrega e ajuda era disfarçada A própria doença que ali habitava, desgraçada. Como nódoa que também sufocava Destruía o sentimento, nos desmontava. Se ver como a própria doença, Que afastado pelo simples tempo, Esse sim que curava pela pura ausência Foi erro de cálculo o bem da abstinência. Erro de diagnostico Tardio Antes então fosse precoce, Não habitaria tanta dor Não precisaria de andador Nem de fisioterapia na alma A cura já estaria dada Antes mesmo da primeira porrada Dos primeiros sintomas Da primeira machucada. Pobre do doente Infeliz daquele que era doença. Feliz do paciente Alta médica Que curioso O remédio era a abstinência.

H

Verbo HAVER no sentido de EXISTIR "H" rra Mas deixa Fluir.

(in)contro

Nem chuva Nem vento Nem lua escondida Nem tronco no escuro Fonte de vida... Nem mar sem ver Nem luz pra esconder, Somente corpos entregues O dia vai nascer. Traz areia da praia pra casa O sono por vencer. A Dor Me Cia

---7 DA MANHA----

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Comedido Sol Que nasce, embeleza e esquenta. Calado Sol da manha Que conversa em Raios,fotossíntese troca que alimenta. Planta na janela, Chuva de inverno Agora confunde a estação Por trás do morro Cala do mar a visão. Ja Nasceu Sol-Inteiro Solteiro.

Afinal,quem sou..

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Eu Nasci em nova Iguaçu e foi lá também que cresci(tenho orgulho como teria se fosse em qualquer outro canto do mundo) Eu jogava futebol muito bem -acredite- Eu jogava RPG também- coisa de jogo de maluco na época- Cresci em cima de um skate, e foi em cima dele que conheci amigos que se tornaram irmãos. Usei TODOS os tipos de aparelho dentário. já peguei muita rã em valão, tatuí em maricá e coloquei apelido em muito moleque da minha idade..Zoei muito e depois foi muito zoado. Dizem que sou um cara divertido. Estudei em colégio de Freira e lá aprendi a rezar Também lá aprendi a matar aula, Sempre tive medo de apanhar Fiquei muito gordo nos meus 15 anos(muito mais do que hoje) Daí teve época que lutei jiu-jitsu,musculação,pra me defender e emagrecer(penso em voltar) Sempre me achei burro e por isso achava que ler fosse algo que iria me levar a algum lugar,mesmo que em um degrau acima da minha auto estima Hoje dizem que escrevo bem... Sou misterioso, Calado, Sou um cara pac

"Engasgo"

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Acorda engasgado por brigas Porradas de palavras agarradas Sufocando na garganta entupida Tosse de si, letras no colchão suado vindo de um estranho sonho junta essas letras buscando sentido, razão. Cacos de palavras juntadas Postas no criado mudo embaralhadas de contexto Não forma palavra Somente letras ao avesso. "ogsagne" de trás pra frente Hugo Mendes Guimaraes

Tempo de mim

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De repente em uma manhã As nuvens entram em você, Mais ainda De repente A Chuva chora em você. O tempo fecha na alma A angustia também. O tempo lá fora Parece preso no além. Façamos uma prece ansiosos de amém. Vento de chuva. Chuva de mim. M(olha)do Lado. Hugo M Guimarães