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Mostrando postagens de 2012

--Luando na Janela--

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A Lua chicoteia e reluz essa prateada beleza no mar, Escuro ele recebe calado, tão belo fica as águas desse mar. A lua conversa com as águas no recanto calmo do lado de cá A noite é sempre tão bela no verão de acordes a pestanejar. Como em um quadro pintado em janela me deito a admirar. No Balneário de sonhos e encanto Calor,silêncio e o mar.

--Poesia Pra toda Hora---

Poesia de alegria, Mesmo com aquela apatia. Poesia minha amiga, Ainda que as vezes preterida. Poesia minha companhia. Poesia Calada. Poesia que só me ouve, Poesia minha que no frio me cobre. Poesia sempre me descobre. Poesia que comigo andas, Poesia que a mim sussurras, Poesia de palavra nua. Poesia Puta. Poesia companheira e leal. Poesia pra tempo ruim, e pra tempos de sol. Poesia que não me larga Poesia safada. Bato com a mão na sua cara e você volta acalmada. Poesia cachorra. deita do meu lado e me lambe Poesia sem vergonha, Apanha mas não some. Me enche de palavras A poesia do teu nome. Qual será seu sobrenome?

A ESCOLHA

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É hora de tomar as rédeas da minha vida, Agarrando pelos chifres de bicho que ela tem. Segurar firme e dar o rumo que quero. Sim, é preciso se renovar, se libertar e resolver. Cansei de deixar-me levar sozinho pelos rios Sem muito decidir o que queria, onde pararia. Cansei de ser figurante do meu próprio filme, E ser um estranho dentro do meu teorema. É uma dose grande de coragem que preciso Mas é urgente decidir, pois esse tal tempo, Não tem muito tempo para das duvidas da gente. A felicidade mora nos sonhos escondidos, repreendidos. O Dinheiro não paga a dor da solidão, Nem tudo vale se fazer por ele Essa distância só corrói o casco da felicidade E não há tempo nem gosto para se bater a ferrugem É hora da escolha pois não há mais espaço O trabalho,o amor,a moradia,a alegria e a vontade. Olhar pela janela no planejar do amanhã Ser inteiro “por inteiro” filtrando a filosofia vã.

Madrugada Entre-Rios

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Escrevo para os que têm insônia e fome na madrugada.Deitados ainda, tem aquela preguiça de se levantar, andar sozinhos pela casa vazia, cheia apenas de silencio e angustia. Medo até ,diria, dos corredores escuros, o medo de algum barulho, o som estranho que pode brotar inesperadamente no se calar frio e chuvoso desse madrugar solitário. O sono também não vem todo,seria até uma rápida solução,não sente fome quando se dorme. Mas ele não vem, são 2:30 da madrugada, o computador ligado no canto onde só a luz desse monitor é o que reflete dentro desse quarto qualquer visão calada, muda,sozinha. A coragem vem junto com o estômago que parece não mais aguentar,o levantar como quem amanhece, dor nos pés,um pouco também nas costas,caminhando pelo corredor antes descrito, procuro em vão o interruptor.Até hoje não sei nem onde se ascende a luz nessa casa vazia. A cozinha chego e da geladeira a unica luz,procurando uma fruta, um leite,um pão, algo que alimente o corpo, o tempo , o pensamento

Jogo de Palavras

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Eu pensei em lhe escrever, -Cartas Eu imaginei você me lendo, -Palavras Eu sonhei você sonhando, -Cores Eu mergulhei dentro de ti, -Mar Eu nadei no teu oceano, -Sol Eu vi nascer aquele dia, -Horizonte Bebi naquela aguá, -Fonte Transbordei de desejo, -Ar. Então... As cartas pelas palavras das cores do mar, Sol no horizonte Fonte de ar. Hugo Mendes Guimarães

O TEMPO SEM TEMPO

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Queria mesmo escrever sobre o tempo, Mas ele fugiu de mim sem dizer que ia. Queria mesmo escrever sobre essas horas rápidas, Mas elas voaram de mim como passe de mágica. Eu pensei em falar sobre as estações, Mas quando percebi, já não consegui distinguir. De janeiro a Dezembro : Primavera, verão, outono e inverno, Nada mais os caracterizava. De frio a flores nascendo, Calor sorria solto sem se preocupar com mês ou data, de folhas caindo a vento gelado Ipês roxos nasciam no ventre da geada. Queria mesmo entender às 24 horas, Mas é tempo de menos pra pensamento demais. Pensei em escrever sobre o tempo Mas veja que curioso, Não há mais tempo, Nem relógio certo, a ampulheta quebrou. Resta uma estranha agonia, Mas também um bocado de alegria. Hoje não olho mais para tempo, Observo o que me importa. Eu olho pra dentro. Com Licença, tempo. Eu hoje estou sem tempo. Você deve entender.

DIAS-NAO-DIAS

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Tem dias em que aquela energia que arrepia não vem, Essa mesma que te faz sentir vivo, Tem dias que ela não aparece não. São também nesses dias que sem esse tremor na pele a vida parece mais cansada sem o arrepio pela derme. Os olhos ficam buscando uma inspiração Os dedos involuntários, brincam sozinhos O pensamento um caminhão de ideias Um monte de coisa cortando a matéria Tem dias amigo , que o que você sente é um nada uma camisa ao avesso, um grito de eco do morro quieto esperando um som diferente no voltar Tem dias amigo que nem parece dia. Porque não teve sol não teve alegria. Não teve dança só angustia e Melancolia tem dias que não são dias porque não teve Magia.

Tocando Palavras

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E eu era só um sonho que acordava de mim Eu estava em desencontro cansado, meia luz sem fim. Era pelo horizonte que eu te via passar, E te via em sonho acordado, luz, agridoce paz Desaguava em mim e ancorava no distante cais. Eu dizia que não haveria um sol sem o céu nem um acorde qualquer teu sem um jogo de cordas desse instrumento meu Mas tinha tanta coisa na musica do seu olhar, Era tanta nota, clave de sol, pueril brilhar Tudo aquilo me tocava, me fazia som Aplumava o solitário Cantar Cantando na janela do imaginar do seu ver Fazia meus instrumentos de palavras Buscando nas poesias uma forma de te dizer Que dedilhando poemas em ti Eu me encontro no tom do teu ser És prima a vera no meu amanhecer.

Meu irmão...

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Meu irmão vou te contar uma coisa, tenho sentido saudade. tenho sentido saudade sem mais tamanho de coisas que não sei dizer o que, mas a saudade é também do meu lugar que deve estar perdido, eu ainda não conheci. Saudade dos amigos que ficaram na região dos lagos,das risadas e abraços. Meu irmão esse lugar aqui é distante, as pessoas são simples mas os olhares são paradoxalmente mais próximos , as pessoas tem mais fé, e querem muito conversar.Cá estou e me sinto só, como ,imagino, estar em uma selva com uma faca,dia após dia aguardando o momento de voltar pra casa. Aguardo o tempo passar passando por ele. eu sinto uma saudade grande de uma liberdade sem preço,de uma dança agradável,de um cheiro que me lembra tanta coisa boa. tá, eu meu lembro com detalhes de tanta coisa que passei,eu carrego no peito uma calma estranha de alma e ao mesmo tempo um medo de enlouquecer. ora porque esse pensamento sempre me vem a tona: -Esta tudo bem?? Tudo certo? É por aqui que devo caminhar? Aq

Metro Rumo à zona sul

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Às vezes a vida me faz esbarrar com você por ai, Às vezes parece até de sacanagem, Como se não fossemos nos reconhecer Como uma luz de lanterna na garagem Qual seria a reação te encontrar nessa viagem? Às vezes como um relâmpago que nasce e morre Dá aquele clarão, consegue ver no vulto e imaginar, -será que era ela na multidão? Nesse Bosque de encontros inesperados Fica uma sensação de vazio, estranho, melancolia. Fingir que não te vi ou fingir que nunca te conheci?

Sábado Congestionado

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Tinha tempo que eu não andava Gripado. Tinha tempo que eu não andava Cansado. Também ansioso,calado,pensativo, congestionado... Congestionado nariz e ouvido Eu não consegui ouvir e sentir você Pra além do que se pudesse ouvir, seu cheiro visitar,sorrir... Falhei sem dar a devida atenção, Tentando me recuperar, Ledo engano, cura em vão. A noite, banho tomado,arrumado, Perfumado pra sair, pra te encontrar Deitei um pouco na esperança de melhorar... Dormi sem querer no ontem, Sono pesado, sonhei com você Acordei suado no domingo de hoje as 6 Completamente descongestionado, Melhor da gripe Agora sinto cheiro Mas é do meu silencio Agora escuto Mas é o som do arrependimento Talvez mais saudável Porem descontente Congestionei o sentimento onde deveria ser ardente. Idiota de mim.

ALFREDINHO

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Alfredo tinha 10 anos de idade e uma vontade completamente atípica, era sede de mundo,que seus amigos da mesma idade não tinham muito Não. “Alfredinho”,como era chamado por todos, era bem quieto, observava os amigos jogando bola e participava, do lado de fora, com seus gritos e total ironia das coisas. Nunca gostou muito de esportes, e por aquela idade, já estava certo de que não iria se aventurar em nenhum outro, embora só conhecesse os mais praticados no seu Pais. Um dia Alfredo estava na sala de aula e sua professora falou sobre poesia, ficou ele ali, quieto, olhos vidrados na lousa, enquanto a professora escrevia. “POEMINHA DO CONTRA” Todos estes que aí estão Atravancando o meu caminho, Eles passarão. Eu passarinho! Alfredo leu, leu novamente e releu mais umas 10 vezes, algumas crianças ao seu lado riam, ele ali fomentado a entender o que a coisa queria dizer. Não sabia o significado de poesia e se viu confuso naquela escrita “com duplo sentido” que Mario Quintana et

Frances

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Olha que ao acordar la pela meia noite, eu não imaginava trocar o dia pela noite. Aquele Bar com gosto francês, tinha samba,gente boa e bonita até as 3. Olhares cortados pela lateral de um cardápio Olho se procurando na sombra de uma coluna Mais uma vez,um jogo estranho,com calma,ternura Vinho tinto seco,frio e alegria pura De certo,como dizia o poeta, o rapaz com cara de marido, a moça pode se aborrecer Fique assim não,tudo existe o passar haverá claridade no desabrochar Perigoso andando na corda bamba sorrisos sortidos,batuque na mesa, samba um abraço, despedida aqui me vou pede a conta paga o couvert tem 10% mas valeu o a beleza o amigo o assento

----Sobre o que Só vi------

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----Sobre o que Só vi------ Ela tem um olhar perdido, ela tem. ela tem um desejo consumido, uma vontade de mundo, de ter,transcender. Essa mulher esta amarrada Asas machucadas,que ela escolheu sofre cantando em gaiola ela sabe o preço de ter a liberdade vigiada é do tamanho da sua beleza o condicionamento escolhido e nada além do que pulsão e incomodo de desejo reprimido. Ela não está feliz.

--Vendo Coisas---

--Vendo Coisas--- Quando olhei para o lado e percebi, Você já não estava mais ali, Puto,Fui pra casa com sono Fiquei deitado posto a dormir Quando você apareceu no sonho Não falava nada, só fazia sorrir Tentei chegar perto tecer um toque, Um beijo, algo pra se fazer sentir E você voava... Acordei assustado, procurando você ali, na cama vazia,coberta fria, óbvio, tu não estavas mesmo ali Deus Sabe onde, Voando por onde me perdi.

---Procura Então----

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---Procura Então---- Se eu for ali e não voltar procure-me nos meus livros Se também não me achares Procura nas minhas poesias perdidas Se sentir meu cheiro por ali tente sentir tambem esse vento que passa Deguste esse vinho, afaste a alma da ressaca Feche os olhos,sinta esse gosto, novamente, tente. Por ultimo me procure no mar, Na ponta da pedra, no sal, no verde do ar Se mesmo assim não me achares fica tranquila, porque nunca nos perdemos Pelo fato de que na verdade,olhamos mas nunca nos vemos De fato,achamos mas nunca nos tivemos Agente Nunca. Gudão Hugo Mendes Guimarães 18-07-2012 Dia de frio

Domingo a tarde

Caindo leve a chuva no verde, a água caindo no mar... ventando leve no azul, brisa brisa no frio do inverno no ar. Olhar de melancolia Para o domingo que cai Ouvindo no radio uma doce melodia Sentindo algo que se esvai. Suscitando você aqui, cheiro e cor Vai,leva,traz toda sua alegria Vem com calma E se aconchega no meu cais.

//MINHA FALTA//

O que te quero dizer é que eu não sei, Mas o que quero te dizer é que eu nem sei, Digo também que sinto, isso sim,sinto. Mas quero te falar onde não minto, Eu sinto,mas as vezes omito. O que quero dizer é que nem tudo tem nome, As vezes o rótulo esta em construção. Desconstruindo coisas para construir outras, Mas sou calmo demais passando despercebido. Passo às vezes por coisa que não sou, quieto e pensativo pareço que não me dou Perdido em mim e muito cobrado falto onde devo ser demasiado. Perco-me na objetividade É muita volta pra pouca curva Minha sentença vem sempre a cavalo E pago caro pela minha água turva

Sendo-Estações

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Sou uma voz angustiada no outono crepúsculo de inverno sem vento Tento de magia minha em qualquer estação Sou um choro calado na primavera com poucas flores e sol mar sereno nesse calor sem fim coisa qualquer calada que deságua sóbria dentro de mim. Guimarães,Hugo

CrÕnicoA

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Ana Crônico estou, Crônico de mim, Só resta minhas crônicas sem fim Anacrônico “do-eu” mesmo Faltando pedaço,despedaçado-todo,gasto. Como uma luz de laser na era das cavernas Fora de tempo,perdido em sentido Anacronicamente atemporal e perdido. Cego em círculos tropeçando em si Olhando o relógio,choro colado.

VERDE OLHAR

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És verde assim Bem teus olhos que falam És úbere contentamento Um cheiro de jardim florido Borboletas alegram todo tecido És moça com cheiro de amanhã Calada, por vezes, se pega escondida Bem dentro de si,achada,perdida. Tem um beijo de verdade Uma pulsão de calma, serena Pueril música aos olhos, branco-morena Tem, temos, somos algo bom. Onde falta palavra e sobra tom Para música que encanta É suave a presença ,tua dança. Ha de ser como cheiro bom. Coisa suave, pendo pelos ventos de novidade, idade, tempo, ser... É bom e não tem nome É o que é Vento Ven tura pura "

DESPERTAR

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Evocado seus próprios ecos gritava calado para dentro d’ALMA -tem alguém por ai? Respondido no voltar de bater nas paredes grandes de seu coração Com uma Mao molhada e fria que lhe esfregava o rosto e dizia - mais um dia. Por ali mesmo ele agradecia, a uma divindade desconhecida o seu Saudável viver,a sua alegria ,ser exatamente o que se era,é O que nem ele pudera por assim perceber. transcender ascender

Fazendo Pensar

A vida sempre me presenteia dentro de uma caixa escura, com laços coloridos e sem sentido, teria me dito? A vida sempre me corta a régua toda vez que penso em medir, me tira as vendas toda vez que quero cegar, me abraça quando penso em correr, me empurra quando quero estacionar. Ela me manobra quando acho que o melhor é parar e me freia quando tento voar. Vem mesmo com uma embriagues de sorriso ,pulsão do novo toda vez que abro os olhos e penso no dia que renasce gostoso leve pelas frestas da janela escura do meu quarto. É uma vontade que se perde na vontade do mundo, é estranho percebe-se sem controle de qualquer coisa, achando engano, dentro de seu ser, um controle de sua vida, um peso,um tamanho, uma forma. Mas tão disforme é tudo isso, Tão obscuro o gosto,desgosto do mundo,sorri. É leve o pesar do pulmão do mundo que respira por si, que te traga todo dia num prazer de só quem traga tem. E te assopra lentamente para o novos despertares,olhares,entregas e pensa

Poço do sentimento

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Joguei o balde amarrado a corda no poço do sentimento La no fundo, distante, só ouvi bater no chão,algo duro, seco,fez barulho Fiquei ali, com a cara no poço,escuro,balançando aquela corda sozinho Tentando ouvir o som de água,de claridade, -Mata minha sede. Mas era como só batesse em concreto,cimento,chão duro. secou a nascente,cadê o sentimento do mundo? Fui puxando devagar,triste,angustiado,sem sentimento? Quando foi chegando perto, o balde ficou mais pesado,que isso? Puxei com mais força,ficou muito mais pesado,desajeitado,foi me puxando Fui caindo pra dentro -Que isso?Eu vou cair,sem querer caí. Que queda sem fim, poço escuro,de cabeça pra baixo,frio e medo pensei em morrer quando no fundo batesse, e senti minha cabeça tocar, pra minha surpresa,não morri,pois o chão quebrou não me machuquei,estranhamente era água, o chão quebrei. -Mas como pode? Estava frio, era gelado,meu Deus,o chão não era cimento,nem pedra Era Gelo, um grossa camada de gelo. Chão de ge

RAPEL POETICO

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Desperto cedo,as 6 já olho pra janela,ansioso,cadê o sol? com a vista ainda no embaço,uma preguiça,um antigo cansaço Um despertar com os braços levantados,esticados,como nos comerciais de tv um bocejar pro mundo,pra vida,pro vento,pra poesia desse dia uma oração iniciada em silencio,na janela,e terminada em alta voz Um arrepio ,energia,conexão de estar vivo,livre,albatroz O cachorro brincando no quintal,um muro por se construir Desejos perdidos,mas se procurando no ser,nascer,sobreviver O olhar de um poeta pra natureza,pro encanto,pelo gosto do vento Pelo latir gostoso desse bicho,um úbere contentamento A vontade de conectar a mente que não para de pensar, o sentimento que vibra no corpo,transcender pro papel Dizer a alguém, perto ou distante,escalada poética do rapel Sento,escrevo,escalo,cheguei,esta aí Poesia viva,sem querer concordar,ser,rimar é poesia,viver,é observar,olhar,transportar.

Dele com o sonho do mundo

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Acordava coçando a cabeça e olhando pro teto branco pensava que já era tarde ,mas o relógio mostrava que era cedo ainda não eram 5 horas mas o sono se foi, e carregou consigo o sonho Sonho estranho dessa noite, de alguém que se afogava e pedia socorro. Bem como ele sentia o mundo,pedindo socorro,e ninguém percebia. Ele gostava era de sonhos,dos eróticos aos antigos,de lembranças de anos de menino Gostava de acordar e ficar ali deitado lembrando,buscando na gaveta da alma no armário da memória o que acabara de sonhar,pra tentar guardar numa folha de papel,costumava ter um caderno no “criado-falador” Ele tinha um sonho de mundo bom quando criança, mas ao crescer foi,naturalmente,sentindo as dores desse se perder,ou se achar? Foi-se sentindo as perdas,as transformações,o constante “sendo”,construindo,destruindo,indo... Ele não planejou esse dia, levantou,bebeu uma água,sozinho pela casa zurzido de si.. Ele se colocou na janela e viu aquele sol nascer, Lembrou das vezes que

-----------RASGO DE DESABAFO---------

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-----------RASGO DE DESABAFO--------- A quem couber- -------------------- Não adianta muito pensar, se indignar, ou achar que poderia ser diferente. não adianta. Pare,pense,chegue a conclusão obvia das coisas irmão, aceite de frente. As pessoas se distanciam umas das outras por vários motivos. Por brigas sem muito valor,pelo valor que dão a vida com outro,casamento,amizades,trabalho,lugares,família,moradia. As pessoas se substituem sim, e quer você queira ou não,aceite ou não,um dia, um belo dia você sente que algo mudou , que a peça não encaixa como antes, que suas mensagens no celular não são mais respondidas,que as ligações não são retornadas,que seu amigo tomou léguas de distancia de tu,quer saber? Isso não é novidade. A vida vai correndo pra todos os lados e não é todo mundo que esta naquele pique de te acompanhar, de saber da sua, de querer estar próximo. Sabe como?Nego vai meter o pé parceiro, vão te trocar sim, e “ái” de tu que não faça o mesmo,não

Meu Pai,Nosso Pai.

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Ele é um cara tão otimista que consegue fazer você acreditar que o sol vai abrir mesmo que o céu,preto,ventando e chuvoso te mostre o contrario. Ele ri,brinca,conta historia,te distrai,tudo para o que o tempo passe mais rápido e o sol,esse sim,venha a aparecer,pelo simples fato de que você tanto querer esse dia,e faz bem para ele vê-lo bem,com seu sol, que fará o seu dia melhor,esse cara, quer te ver sorrir. E por falar em sorrisos, não é difícil,quando ele vê alguém,geralmente da família,meio com cara fechada,logo perguntar -Você já sorriu hoje? Você ri da forma como ele faz,assim,sem pretensão ,só mesmo pra querer alegrar seu dia.começa a contar historias,piadas antigas e repetidas,sim,as mesmas que ele conta há tanto tempo,mas com tanta vontade e sabor que você ri,pois ele consegue fazer as piadas repetidas,serem inéditas,é um dom gostoso. Paciente e otimista como quem ficaria a vida toda sentado numa pedra,a beira mar,esperando seu barco voltar para leva-lo pra casa,mesmo que tu

Palavras,ação e natureza

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Rasguei foi aquele verbo estranho que me ligava Ligação de nome, pessoa, situação. Rasguei aquele lençol e queimei os antigos papéis Sentei no chão e na vista do mar,que bela visão. Andei quieto como uma voz que dava pra dentro Bem aqui no peito se apertava como choro angustiado GRITEI Rasguei o verbo, a palavra, as cartas,as fotos,o boné velho Toquei fogo em kilos de roupa antiga Deitei no chão,com violão, fiz cantiga No quintal abraçado a planta agradeci aquele vento gostoso a me beijar Os primeiros pingos d’gua a me lavar. Tempo virou Os trovões A chuva forte Limpava as ideias, Apagava a fogueira que já era lenha E secava,curiosamente, minhas lágrimas Estranho alívio. Arrepio Pio 28-03-2012

Quando voce pensa que ja te aconteceu de tudo...

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Isso foi em uma sexta-feira, fim do dia, nascer da noite. Entrei naquele ônibus executivo que me levaria da região dos lagos ao centro do rio de janeiro para visitar meus familiares. Já acostumado, pelo menos duas vezes ao mês, durante 2 anos, fazia esse translado e já havia presenciado inúmeros casos,incidentes e problemas nesse período de 3 horas de um ponto a outro. Mas nesse dia algo novo, inusitado, marcante me aguardaria nessa viagem. Entrei no ônibus afoito, suando, atrasado, procurando minha poltrona, lá pra parte final do veiculo e, ao passar pelo corredor, já reparava em quase todos os acentos cheios, vozes de gringos, grupos de viagens, crianças. -opa, boa noite, essa é a poltrona 42 senhor? -é sim parceiro. -certo, o meu lugar é ai – disse mostrando meu bilhete- -há sim, certo,desculpe,pensei que não vinha ninguém – e foi passando pra poltrona ao lado- -é,me atrasei um pouco. Antes de me sentar acomodei a mochila na parte superior enquanto o ônibus já andava,tirei minha car