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Mostrando postagens de fevereiro, 2011

INFANCIA E VALORES - 12/04/2006 -

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INFANCIA E VALORES - 12/04/2006 - - Vai ficar me empurrando Rodrigo ? coe?-Disse o menino de aparência de 10 anos de idade a seu irmão mais velho que brincava de judô, tentando jogá-lo no chão- - Para Rodrigo, coe? Vai pagar 45,00 na minha bermuda?, 70 conto na minha blusa e 55,00 no meu boné se rasgar minhas peças me jogando no chão?Qual foi ‘neguinho’? O irmão riu e disse meio que desapontado a o colega do lado -Olha só parceiro, o maluco ta mais preopado com as roupas de marca dele que vão rasgas do que com o tombo que ia levar,só pensa nisso,impressionante os valores que vão se criando. Enquanto isso o irmão menor pegava o skate e ia ‘surfando’ no asfalto ate o amiguinho, da mesma idade, do outro lado da rua, que usava o mesmo tipo/estilo de roupas desse,até o boné era igual,só mudava a cor. Estava no meu bairro numa tarde de quarta feira, em frente a uma locadora esperando meu amigo entregar seu filme, enquanto assisti calado esse dialogo dos irmãos. Penso que os valores que forma

Vento no minho

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Trago vinho e lembranças do outro lado da Bahia Trago palavras perdidas e sentimentos disformes E o que terá nome? Vago pelo meu pensamento já perdido na volta Onde estou? Sou uma alcatéia de desejos e vontades, Cadê os sinônimos? Aonde foi parar o "pseudo-controle" do sentir? O leve pesa na definição Como assim palavras somem? Escorregam pelas mãos?... Fico com o peso do teu corpo Trago o teu sorriso delicado O gosto da tua boca na manha desconcertada Da intimidade ainda envergonhada, guardo o que ainda quero sentir nesse dia que me vi perdido.

A Escrita

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É quando ouço o som pela janela de dormir Desse que entra num singular por se sentir Me desperta a atenção para o quintal escuro Será que estou louco? Que faço? É quando me pego no susto de minha saudade No suspirar de meus pensamentos perdidos No se mexer na cama como bicho mordido Que ouço teu som sereno no meu se perder A hora já nem importa quando a vontade vem A caneta,o primeiro papel, a primeira palavra O desabrochar pra vida na primeira golada Na primeira frase,na primeira chorada A poesia bem assim se faz,sem menos,sem mais Sem mais imaginar ser,sem menos endurecer Toma forma,toma pulso,toma gosto,sem desgosto Me faz assim sentir,assim não desistir De ser o que minhas palavras são, Tão somente eu ,pão saudoso do teu gosto

DO CASAMENTO E DA VIDA MILITAR

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Era um daqueles dias em que tudo parecia dar errado... Acordei de mau humor. Me atrasei. Cheguei na escola e fui barrado. Fazia um calor dos infernos. Deixei café cair no uniforme. O ônibus quebrou na volta. Cheguei em casa cedo e tive que explicar pros meus pais o que havia acontecido... Minha mãe super irritada com o almoço, com o que faltava fazer, com a bagunça da casa, com a sujeira... Reclamava de tudo! Da qualidade da batata que meu pai acabara de comprar ao gosto da água no galão. Suada... Esbaforida... Eu via no seu rosto o suor escorrer enquanto abria o forno e gritava irritada: - Teu pai também me compra um frango horrível desses, o treco não assa de jeito nenhum, coisa ridícula! Eu ali, olhando aquela cena. Meu pai tirando das costas mais 4 sacolas com frutas e legumes e pondo no chão. - É... O dia está quente... São Pedro tá “chamando no maçarico”! - Maçarico tá na sua cabeça, FERNANDO GUIMARÃES, que me compra um chuchu desses!!! Disse ela, mais irritada ainda (quando o c

--Desse cada (re) encontrar--

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Fiz da minha poesia minha forma simples de dizer Fiz do meu canto um encanto para confortar As lagrimas que nascem do arrepiar do som Cabelos que falam aos olhos o que querem ganhar Olhos que falam aos corpos o desejo e o tom Pendular-se-ia pelos ventos de outono Lírio saborear do amanhecer pelos seus cabelos Rasgando entre estrelas esse novo raio de luz Agasalhar-se da novidade já conhecida Da paixão ardida, mas tal única por se beijar. Acordar com um toque já saudoso, saboroso todo se encantar. Como se não houvesse amanha, fogoso efeito desse recíproco trocar. Da noite passada, estrelas , lua e o sono. Qualquer canto novo, prazer a nos contemplar! E sigo apenas contigo, fugido a pensar; Aguardar sem ver, momento novo a renascer. Qualquer coisa que me remeta ao que sinto Ao que vejo ,ao que não sei dizer. Ao que me faz perdido,seco por viver.

Poesia,pão e Cia

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Poesia não se faz como pão, Não se coloca no forno, não se bate, não se assa,não se segue receita,não se fermenta de pó Poesia não se molha no leite, não se aguarda na água,não se pesa nem se ascende brasa a lenha Poesia não se aprova,não se nega,não se rejeita Poesia nem precisa ser aceita Poesia so encontra com pão no seu momento único de se alimentar Alimento d’alma, das palavras saboreadas,no recíproco se encontrar,se saciar. Poesia tem diversos gostos que não da pra catalogar,separar,dimensionar Mas poesia sabe nutrir,alimentar Pão e poesia para os que têm fome Poesia e pão para os que não têm nome Sobre-nome Homem

Pedalando por ai...

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Confesso que minha aventuras de ciclismo começaram a uns 2 meses... Iniciei leve. Daí fui modificando a bicicleta, adequando altura, garfo com suspensão, banco, pneus e aumentando as distâncias, o tempo e o suor. Pouco antes do Ano Novo - pra ser exato, uma semana antes - comecei a ir, de onde moro, ao Centro de Búzios, dava uma parada na orla, bebia uma água e voltava. Todo o percurso durava, ou melhor, dura, cerca de 50 minutos EM PEDALADAS COM RITMO MODERADO, sem muito esforço ou cansaço. No primeiro dia, ao chegar na praça principal aqui do Centro de Búzios, por volta de 6:30 da manhã - sim, estou acordando e pedalando cedo para os que não crêem - dei de cara com vários grupos sentados nos bancos, mesas, ainda bebendo, loucos, com carros abertos, som nas alturas, dançando,vomitando... E por um segundo pensei: - Pera aí! Hoje é terça-feira, são 6:30h da manhã de 21 de dezembro de 2010? Continuei pedalando, dessa vez mais lentamente, e me lembrando do percurso que acabara de fazer na